Hoje, cada vez mais os games buscam o realismo na parte gráfica e, principalmente, no que diz respeito a jogabilidade. Porém, isso não parece suficiente para algumas pessoas. Mesmo diante de tanto realismo, muitos gamers não se dão por satisfeitos e procuram por uma experiência ainda mais próxima da realidade, para isso, buscam acessórios que possam ajudar a entrar cada vez mais no clima do game.
Um exemplo claro são os joysticks em forma de volante, ideais para os jogos de corrida, justamente uma das categorias de jogos que mais inclui características reais. Hoje oTechTudo testou o Volante Indianápolis da Leadership, compatível com os consoles PS2, PS3 e PCs. Testamos com os games Gran Turismo 5 e Shift 2 (ambos para PS3), confira o review completo:
Volante Indianápolis (Foto: Allan Melo / TechTudo) Precisão satisfaz
A primeira coisa a se avaliar em um joystick como esse, é a sua função principal: O controle dos veículos durante o jogo. Antes, precisamos explicar que o Volante Indianápolis possui 3 modos de controle: Modo Normal, Modo Rápido e Modo Fórmula 1. O primeiro é voltado para os gamers mais casuais e pouco acostumados com o controle de um carro pelo volante (principalmente crianças); o segundo já é voltado para jogadores mais experientes e apresenta um controle mais eficiente do carro, porem requer movimentos mais bruscos; e por fim o último modo, em que apenas uma leve inclinação com o volante é suficiente para que o carro realize o movimento, ideal para jogos como Fórmula 1 2010, Dirt 2 e Nascar 2011.
O primeiro game a ser testado foi Gran Turismo 5. No modo de direção Normal, os veículos encontravam dificuldades para realizar curvas mais fechadas, pois o volante não respondia de uma maneira eficiente aos comandos ágeis. Já com o Modo Rápido, tudo flui normalmente e tudo ficou mais divertido elevando ao máximo a sensação de pilotar um veículo de verdade.
No botão "Mode" é possível selecionar as configurações de direção (Foto: Allan Melo / TechTudo) Também testamos o Modo F1, mas esse por sua vez não agradou muito, pois a diferença entre o modo rápido é bem pouca. É possível notar com clareza em curvas de alta velocidade, em que neste Modo F1, os carros acabam saindo de traseira com mais facilidade.
Já em Shift 2, o Modo F1 foi o que mais agradou, isso se deve ao fato de que os carros fazem curvas com mais facilidade do que em Gran Turismo 5, mas ao mesmo tempo, a jogabilidade não é tão real. Mas isso é discussão para um outro artigo envolvendo os dois games.
Botões para todos os lados
Todos sabem que o volante de um Fórmula 1 de verdade é repleto de botões para todos os tipos de comando. O Volante Indianápolis parece seguir essa regra e trás uma infinidade de comandos para agilizar as configurações do jogo e para que você não seja atrapalhado durante uma corrida.
Ele apresenta todos os botões tradicionais do controle oficial do PS3, o Dual Shock 3, inclusive os comandos R3 e L3, que funcionam no joystick original pressionando as alavancas direcionais para baixo.
Botões localizados atrás do volante (Foto: Allan Melo / TechTudo) O grande diferencial é que esses botões encontram-se por todo o volante, um exemplo, os botões L1, R1, L2 e R2 ficam posicionados no painel ao lado do volante e na parte de trás como se fossem “borboletas” de marcha dos tradicionais carros de corrida. Dessa forma, você pode simplesmente optar por tirar ou não a mão do volante para executar alguma função como a troca de uma câmera.
Configuração complicada
Quando o volante é utilizado para jogos de PC, por padrão, eles podem ser ajustados via sistema operacional ou pelo próprio game. Mas nos jogos para consoles como PS2 e PS3, tudo fica mais complicado. Primeiro é preciso identificar os respectivos botões que representam o freio e o acelerador, depois configura-los para as determinadas funções, para que então você possa usufruir do jogo com tudo funcionando normalmente.
Pode parecer fácil, mas nos jogos em que o volante foi testado, a configuração dos botões é bem diferente. Enquanto no Gran Turismo 5, o botão “X” acelera o carro, em Shift 2, é o botão “R1” que recebe essa função. Os comandos também variam para as outras funções como frear, troca de câmera, marchar invertida (popular marcha ré), etc.
Volante Indianápolis (Foto: Allan Melo / TechTudo) Pedais com profundidade limitada
Um grande problema encontrado nos joysticks em forma de volante hoje em dia, é em relação aos seus pedais. Como foi dito no começo do texto, os jogos cada vez mais buscam o realismo, em virtude disso, muitos possuem um controle de profundidade em relação ao seu acelerador funcionando de forma idêntica aos veículos de verdade.
Por isso, em determinados momentos, é preciso regular a dosagem do acelerador para que seu carro não comece a “patinar” pela pista e, nessa função, o Volante Indianápolis decepciona.
Os pedais possuem profundidade sim, mas para dosar essa aceleração é preciso controlar o pé de uma maneira um tanto incômoda devido a sensibilidade dos pedais. Isso acarreta em um desconforto depois de um certo tempo de uso. Isso sem mencionar o barulho quando precisamos afundar o pé no freio, por causa do impacto do pedal contra a base de plástico.
Pedais não possuem uma profundidade ideal (Foto: Allan Melo / TechTudo) Falta de ajustes de altura e fixação
O que também deixa a desejar no Volante Indianápolis é a falta de ajustes de altura. Na parte de trás do acessório existe uma espécie de trava que permite regular o volante, deixando-o mais baixo ou mais alto. Porém é tudo “8 ou 80”, ou seja, ou você regula em um ângulo reto ou em um ângulo mais alto, não há um intermédio entre esses extremos. Isso acaba prejudicando na hora de colocar o volante em qualquer base, deixando a tarefa de mais opções de ajustes para o acento ou o apoio no qual ele será fixado.
E ainda sobre fixações, o volante possui ventosas que em superfícies mais lisas, acabam não se sustentando completamente, fazendo com que o volante balance durante os jogos. No entanto, esse padrão é utilizado por 90% dos modelos vendidos no Brasil.
A trava só permite até dois ajustes de altura do volante (Foto: Allan Melo / TechTudo) Designer atraente e resistente a impactos
Muitos questionam a qualidade do produto em relação ao material que compõe o modelo. No caso do Volante Indianápolis, ele é composto de um plástico bem resistente, o que protege bem o acessório. Uma eventual queda, não iria inutilizar o produto.
Custo/beneficio que agrada O design do volante também agrada aos amantes da velocidade, pois ele busca representar uma espécie de mini painel de um veículo, com direito a marcadores, que na verdade são adesivos e não marcam absolutamente nada. O cambio a primeira vista pode parecer frágil, mas pode-se perceber que ele funciona em 4 direções, representando os botes “Rs” e “Ls”.
A média de preço do Volante Indianápolis é em torno de 150 a 200 reais. O valor é considerado justo pela diversão que o controle proporciona e levando em conta que modelos mais eficientes, como o Logitech Driving Force GT, que possui um sensor de gravidade, custam em torno de 800 a 1000 reais.
Adesivos simulam ponteiros de velocidade (Foto: Allan Melo / TechTudo) Conclusão
O Volante Indianápolis é perfeito para os amantes dos jogos de corrida que procuram ainda mais realismo do que os gráficos e jogabilidade apresentados nos games atuais. Com um bom tempo de resposta e até 3 tipos de configurações de jogabilidade, o volante possui um preço justo para a brincadeira casual, porém é preciso paciência na hora de configurá-lo em jogos dos consoles PS2 e PS3. Também não é recomendado aos perfeccionistas devido ao seu pedal sem muita regulagem de profundidade. Em compensação, é difícil não se acostumar e se divertir com o modelo.